Essa foto não aparenta, mas foi tirada no meio de uma festa de república, com gente

passando de um lado pro outro (no banheiro ficava o bar, e as cervejas gelavam na

banheira). Usei uns 15 segundos de exposição, com a 6x7, enquanto impedia que o

povo passasse. Luz de lâmpada, "natural", lente 90 mm, f 22 (acho).

Esta foi no Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura (EREA), em Campinas, 1998). Eu estava no meio de uma multidão que assistia a plenária final, sentados ao ar livre. Eu deitei no

chão (estava cansado), e enquanto conversava com o Fabrício (sentado), resolvi tirar uma foto

dele. Usei a Pentax K-1000, e ampliei em papel colorido (é mais prático e barato que sepiar).

Esta também foi com a 6x7. Como não tenho grande angular para esta máquina, e o quarto é

pequeno, precisei ficar encostado na parede, usando o tripé no máximo de altura. Tive até que

subir num banquinho pra enquadrar e ajustar o foco. Usei 1 segundo de exposição, num momento

em que ela não estava escrevendo. Só depois de ampliar é que eu notei a página virando!

Esta foto é mencionada nas memórias. Foi feita pela manhã, quando eu e o Jândi chegamos no

topo do morro em que dormimos no vale do Jequitinhonha. O vento era fortíssimo, e eu tive

que usar uma velocidade alta, pois eu não conseguia ficar em pé parado. A 28 mm permitiu

o uso de uma abertura relativamente grande não desfocasse muito o fundo, mas tirou um pouco

da impressão de altitude que se tinha lá de cima. K-1000, óbvio. Já pensou em escalar com o

peso de uma Pentax 6x7 nas costas?

Essa é de Buenos Aires. Eu tenho um amigo cuja esposa, logo após se casar, conseguiu emprego

no Citibank, e teve que viajar pelo mundo um tempo (chato, né?). Pra não se separarem, ele

precisou abandonar o emprego, e viver um tempo como dono-de casa... Aí coincidiu de eu ter

uma folga, e como a passagem pra Buenos Aires custava na época R$300,00, eu fui no mesmo

dia. Eu tinha acabado de comprar um filtro que transforma a 28 mm em olho-de-peixe, mas

o mané aqui resolveu testá-lo na 50 mm. Dá uma distorção legal, tipo 17 mm (suponho), mas

destrói o foco e as bordas ficam sem brilho nem textura. Ainda mais na K-1000...

Já esta foto aqui está tremida e sem textura propositalmente...

A figurinha aí não gosta que seus poros apareçam, e a tremida

"limpou" a pele dela. Óbvio, também tinha a expressão do

momento, que eu não queria perder, e a falta de luz. Usei a

50 mm, toda aberta. K-1000.

A concepção foi minha, mas o "click" foi da Paula, portanto, tecnicamente não é um

auto-retrato. Isto foi na marina de Berkeley. Note que eu não estava muito contente

nessa época... K-1000, 50 mm.

Cotidiano da república, "Mundinho Particular". A figura no primeiro plano é o Jorge, um africano de

Guiné Bissau cuja imagem nunca foi captada sem estar tremida. O cara não pára um momento. Esta

é a única foto em que a cara dele é reconhecível. Provavelmente primeiro semestre de 1997.

Essa é a Sunny, outra figurinha difícil. Note a mão dela

convidando para a lixeira... E não foi combinado não!

Esta foi uma das primeiras que fiz revelando filme slide

como negativo (C-41). Eu estava ajustando o tripé, e

quando fui verificar o enquadramento me deparei com

esta cena. Merecia, né?

Pra terminar, uma foto da Irmi. É uma amiga austríaca que morou conosco no Mundinho. Muito

fácil tirar foto desta aqui, que passava o dia inteiro imóvel, lendo ou fumando. O setting absurdo

não foi montagem, era o normal na república. Esta foi com a 6x7.

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