Eu estou com o Pedro num lugar semelhante à Bang, num quintal de uma casa onde há uma buat ou festa cheia de gente mezzo Punk, mezzo alta costura. Eu dizendo que está legal, cheio de esperanças sentimentais, e o Pedro no seu tédio, achando tudo muito glitter e que nunca rola nada. Pedro vai falar com outras pessoas e começa a rolar um olhar antropófago entre eu e uma garota branquinha e estilosa.

Nesse ínterim, o pessoal da festa entra numa de vestir o Carlinhos da coordenação com uma camiseta baby look azul marinho nas costas e verde água sanitária na frente (com gola). Ele, muito envergonhado. Mas o absurdo é que não ficou bichoso.

A garota tomou a iniciativa e era muito agressiva e dominadora, fazia o tipo de mulher fatal pervertida. Tinha horas que ela era branca com cabelo preto chanel, tipo menininha, e às vezes era preta e madura. Acho que o carro dela era um opala verde, e me levou para a casa dela, me cobrindo de carícias eróticas.

O pai dela era o Agnaldo Timóteo, e me ignorou o tempo todo. Fomos para um quarto grande, meio escuro, com um armário embutido e um colchão de casal no chão, sem fronha. Ela me despiu até ficar de cuecas e se despiu também até o mesmo ponto. Aí ela interrompeu a safadeza e disse "pula pro lado que meu pai vem aí." "Qual o problema?" "Eu tenho 12 anos". O pai entrou, nos flagrou de roupa de baixo e resmungou "Tá fazendo um calor mesmo, hein?", como para explicar a falta de roupas, e foi embora. Eu nunca ia imaginar que ela tinha 12 anos, sendo tão agressiva.

 

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Eu roubei um honda eclipse e saí cantando pneu pelas paineiras. Aí eu encontrei a Paula da física andando de bicicleta, disse para por a magrela dentro do carro e continuei cantando pneu.

 

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Eu estava doente, e uma mulher fazia massagem em mim. Em determinado momento, eu fiquei de pau duro. Ela percebeu, até porque ela fazia massagem meio com o corpo colado no meu e teve uma hora que ela estava nua. Eu pedi desculpas, dizendo que era involuntário. Ela perguntou se eu queria. Eu arrisquei dizer que sim. Aí rolou. Eu queria fechar a porta do quarto para que ninguém visse, e ela disse que com a porta aberta era menos suspeito.

 

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Eu e a Paula estamos juntos. Um padre, tendo um ataque de ansiedade, vem com uma conversa de que a gente precisa ser salvo do fogo do inferno porque estamos transando demais. Aí ele pega nossas mãos e diz que a gente tem que rezar. A gente começa:

-- Pai nosso que...

-- AMÉM! E eu os declaro marido e mulher.

Eu e a Paula surpresos, sem entender nada. O padre explica que tinha que fazer tudo rápido antes que fosse tarde demais, e se algum dia a gente começasse a transar menos ou parasse de se ver podia chamar ele que ele desmanchava o casamento, aquilo tudo era uma medida de exceção para preservar nossas almas tão ameaçadas.

 

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