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% (find-LATEX "2022hissa.tex")
% (defun c () (interactive) (find-LATEXsh "lualatex -record 2022hissa.tex" :end))
% (defun C () (interactive) (find-LATEXSH "lualatex 2022hissa.tex" "Success!!!"))
% (defun D () (interactive) (find-pdf-page      "~/LATEX/2022hissa.pdf"))
% (defun d () (interactive) (find-pdftools-page "~/LATEX/2022hissa.pdf"))
% (defun e () (interactive) (find-LATEX "2022hissa.tex"))
% (defun u () (interactive) (find-latex-upload-links "2022hissa"))
% (defun v () (interactive) (find-2a '(e) '(d)))
% (defun cv () (interactive) (C) (ee-kill-this-buffer) (v) (g))
% (defun d0 () (interactive) (find-ebuffer "2022hissa.pdf"))
%          (code-eec-LATEX "2022hissa")
% (find-pdf-page   "~/LATEX/2022hissa.pdf")
% (find-sh0 "cp -v  ~/LATEX/2022hissa.pdf /tmp/")
% (find-sh0 "cp -v  ~/LATEX/2022hissa.pdf /tmp/pen/")
%   file:///home/edrx/LATEX/2022hissa.pdf
%               file:///tmp/2022hissa.pdf
%           file:///tmp/pen/2022hissa.pdf
% http://angg.twu.net/LATEX/2022hissa.pdf
% (find-LATEX "2019.mk")
% (find-lualatex-links "2022hissa" "his")

\documentclass[oneside,12pt]{article}
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%
\usepackage{edrx21}               % (find-LATEX "edrx21.sty")
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%
% (find-es "tex" "geometry")
\begin{document}


Oi Dr. Hissa, Dr. Bruno, e outras pessoas da equipe,

vocês teriam como examinar as anotações de vocês das consultas com a
Léa no período entre 2017 e 2018 e nos mandar um relatório dizendo se
ela parecia lúcida nesse período ou não? Deixa eu explicar porque a
gente precisa disso... a história é grande mas vou tentar resumi-la.

Primeiro deixa eu dar um resumo curto demais, de poucas linhas: a Léa
fez o testamento dela em março de 2018 e tem uma pessoa alegando - com
base em um laudo de uma página de um neurologista que não é da equipe
de vocês - que a Léa não estava lúcida, que ela foi manipulada, e que
aquele testamento não vale... mas a nossa visão, ou impressão, é que
se passaram muitos meses entre a Léa resolver fazer o testamento do
jeito que fez e ela assinar o testamento no cartório - foi uma decisão
mantida durante muitos meses.

Agora o resumo decente.

Vou começar listando os personagens da história. A Léa teve dois
filhos: a Daniela, do primeiro casamento, com um cara chamado Paulo
Bandeira, e eu, Eduardo (ou: Zico), do segundo casamento, com o Smil.
O Smil tinha uma outra filha, a Mariana, do primeiro casamento dele. A
Daniela teve três filhos - Ricardo, Bruno, e Fernanda, mas só o Bruno
vai ser importante aqui. Vou dizer uns anos de nascimento porque isso
normalmente me ajuda a visualizar os personagens, e aí talvez seja
útil pra alguns de vocês também...

  Daniela: 1963

  Mariana: 1965

  Eduardo (a.k.a. Zico): 1971

  Bruno: 1985

Em março/2018 a Léa fez um testamento - público, da forma mais
transparente possível - no qual ela deixava toda a parte "disponível"
dos bens dela pro Bruno. Naquele momento os bens dela consistiam só no
apartamento em que ela morava, junto com o Bruno e o marido dele,
Dionathan, no Jardim Botânico... eu trabalho em Rio das Ostras mas eu
sempre passava metade de cada semana no Rio lá no apartamento do
Jardim Botânico, então eu "meio" que morava lá também. Sobre o termo
"disponível": a lei de inventários, heranças, etc, diz que num
testamento a pessoa pode decidir pra quem destinar 50\% dos seus bens,
que são a parte "disponível"; os outros 50\% são a parte
"obrigatória", que tem que ir pra determinados parentes em
determinadas porcentagens, segundo fórmulas dadas na lei.

Vou tentar explicar porque a Léa decidiu fazer o testamento desse
jeito. Em alguns momentos a minha explicação vai ser bem parcial - até
porque eu acabei brigando com a Daniela e ficando totalmente do lado
do Bruno - mas acho que os pontos onde vou ser parcial vão ser bem
claros. Por favor leiam os próximos parágrafos com todos os grãos de
sal necessários...

A relação entre a Daniela e os meus pais era bem ruim desde que ela
adolescente, ou desde antes. Cada ajuda que era dada pra ela era
cobrada caríssimo depois - mas ela ganhou um apartamento e um carro
quando se casou, e foi ajudada em muitos períodos depois disso. Como o
meu pai (que, obs: era sobrevivente de campo de concentração!!!)
também me humilhava desde pequeno por cada coisa que eu tinha eu
tentei seguir uma outra estratégia - na qual eu pedia o mínimo e
aceitava o mínimo - pra evitar ser "alguém que tem uma dívida enorme
com os pais"... quando o meu pai morreu me pediram pra escrever um
texto pra ler na cerimônia de 30 dias da morte dele, e eu contei um
pouco dessa história no texto. Se alguém quiser ler ele está aqui:

  http://angg.twu.net/haz.html

Então, o Bruno saiu, ou foi expulso, da casa da Daniela quando tinha
13 anos, e as poucas tentativas de reconciliação entre ele e a Daniela
depois disso falharam miseravelmente. Alguns anos depois da
saída/expulsão ele foi morar com os meus pais, conseguiu se dar muito
bem com o meu pai - tanto eu quanto a Daniela achávamos ele uma pessoa
dificílima -, passou a ajudar os meus pais em tudo que podia, e
conquistou o respeito de todo mundo, menos da Daniela, óbvio, que via
ele como uma espécie de Gênio do Mal. E aí o Bruno virou - deixa eu
pôr muitas aspas aqui pra deixar BEM claro que isso é UMA versão da
história - """o neto dedicadíssimo e corretíssimo que trabalha feito
louco e ajuda em tudo que pode""" enquanto a Daniela virou a """filha
problema que sempre precisa de mais ajudas em dinheiro e só visita a
mãe uma vez por ano""".

Até uns anos antes do testamento a minha mãe vivia dividida entre duas
visões da Daniela: 1) a de que ela era a filha problemática,
traumatizada, enrolada, etc, que precisa de ajuda, e 2) de que ela era
a filha problemática que acha que TEM que receber ajuda sempre, mesmo
com 50 e poucos anos de idade, que não vê que já recebeu muito e que
já deveria pelo menos a) ser independente, b) inventar jeitos de
merecer cada ajuda extra...

Nos últimos anos de vida da minha mãe ela se decidiu de vez pela visão
(2), e a Daniela está tentando contestar isso judicialmente e anular o
testamento no qual a minha mãe deixava a parte "disponível" da herança
pro Bruno. Um dos documentos que a Daniela usou é um laudo - estou
mandando uma cópia dele em anexo - de um neurologista chamado Glieb
Ávila Pereira, de uma época em que a minha mãe resolveu tentar se
consultar com neurologistas que não fossem da equipe de vocês... esse
laudo foi emitido em 2021, e nele esse neurologista relata que em 2017
a minha mãe apresentava "déficit cognitivo leve no domínimo
amnéstico"...

Então, voltando: a minha mãe fez o testamento dela em março/2018 e nós
temos registros de várias conversas com ela sobre o testamento nos
meses anteriores a essa data. Na _nossa visão_ ela manteve a posição
de que queria fazer o testamento desse jeito durante vários meses, e
essa era uma época em que ela estava bastante lúcida... sabemos que
ela teve períodos de "confusão mental" de vários tipos e vários graus
- como um período em que ela até suspeitava estar com Alzheimer e/ou
Parkinson, antes dela resolver isso se desintoxicando dos remédios que
ela tomava há décadas pra enxaquecas, e um outro período, logo antes
da operação da paratireóide, em que a diabetes dela estava fortíssima,
e mais o ano final da vida dela.

Daria pra vocês fazerem alguma espécie de laudo ou relatório sobre os
dados que vocês têm do estado mental da minha mãe nos meses anteriores
a março/2018, se possível com um resumo por alto do resto da
trajetória de saúde dela?

Obrigado, e desculpem o tamanho da mensagem... eu acabei mandando ela
desse jeito porque acho que vocês lêem bastante rápido e porque eu vi
que eu teria que pensar durante semanas pra conseguir reduzí-la pra
metade desse tamanho...

  [[]], Eduardo Ochs...




\GenericWarning{Success:}{Success!!!}  % Used by `M-x cv'

\end{document}


% Local Variables:
% coding: utf-8-unix
% ee-tla: "his"
% End: