Sexo
Ninguém se preocupa comigo.
Não na intensidade que eu queria.
Saí de novo com a Cristiane. Não me lembro quanto tempo depois. Eu já dirigia. Fomos à praia da Barra, conversamos, voltamos pro carro. Não havia clima, tudo apontava para nós ficarmos. Assim a coisa complica. Quando passamos por um motel, ela falou "vamos?" com cinismo. "Quer que eu dê a ré?" Ela se arrependeu. Eu insisti.
Não pise nos meus calos, menina, que eles estão gangrenando.
Ela disse que não queria ser a primeira mulher com quem eu transasse, pois é sempre complicado da primeira vez. Ela queria que fosse legal.
Tá, então eu vou ali na esquina, transo com qualquer uma e depois volto pra você, né? Vi que tinha um problema insolúvel. Eu não queria qualquer uma.
Afinal, pedi um beijo. Assim, do nada? É. Provei um pouco de indiferença. É igual a transar sem afeto. É asqueiroso.
Depois disso, decidi não reincidir. Não procurei mais a Cristiane. É pena.
(continua)