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% (find-angg "LATEX/chapa1-pressao.tex") % (find-dn4ex "edrx08.sty") % (find-angg ".emacs.templates" "s2008a") % (defun c () (interactive) (find-zsh "cd ~/LATEX/ && ~/dednat4/dednat41 chapa1-pressao.tex && latex chapa1-pressao.tex")) % (defun c () (interactive) (find-zsh "cd ~/LATEX/ && ~/dednat4/dednat41 chapa1-pressao.tex && pdflatex chapa1-pressao.tex")) % (eev "cd ~/LATEX/ && Scp chapa1-pressao.{dvi,pdf} edrx@angg.twu.net:slow_html/LATEX/") % (defun d () (interactive) (find-dvipage "~/LATEX/chapa1-pressao.dvi")) % (find-dvipage "~/LATEX/chapa1-pressao.dvi") % (find-pspage "~/LATEX/chapa1-pressao.ps") % (find-pspage "~/LATEX/chapa1-pressao.pdf") % (find-xpdfpage "~/LATEX/chapa1-pressao.pdf") % (find-zsh0 "cd ~/LATEX/ && dvipdf chapa1-pressao.dvi chapa1-pressao.pdf") % (find-zsh0 "cd ~/LATEX/ && dvips -D 300 -o chapa1-pressao.ps chapa1-pressao.dvi") % (find-zsh0 "cd ~/LATEX/ && dvips -D 600 -P pk -o chapa1-pressao.ps chapa1-pressao.dvi && ps2pdf chapa1-pressao.ps chapa1-pressao.pdf") % (find-zsh0 "cd ~/LATEX/ && dvips -D 300 -o tmp.ps tmp.dvi") % (find-pspage "~/LATEX/tmp.ps") % (ee-cp "~/LATEX/chapa1-pressao.pdf" (ee-twupfile "LATEX/chapa1-pressao.pdf") 'over) % (ee-cp "~/LATEX/chapa1-pressao.pdf" (ee-twusfile "LATEX/chapa1-pressao.pdf") 'over) % (find-twusfile "LATEX/" "chapa1-pressao") % http://angg.twu.net/chapa1-pressao.html % http://angg.twu.net/LATEX/chapa1-pressao.pdf % (find-angg ".emacs.papers" "latexgeom") % (find-LATEX "2011ebl-slides.tex" "geometry") % \documentclass[oneside]{book} \documentclass[oneside,twocolumn]{book} \usepackage[a4paper,margin=2.2cm]{geometry} \usepackage[latin1]{inputenc} % (find-es "tex" "psnfss-avant-garde") % \usepackage[scaled=0.92]{helvet} \usepackage{edrx08} % (find-dn4ex "edrx08.sty") %L process "edrx08.sty" -- (find-dn4ex "edrx08.sty") % \input edrxheadfoot.tex % (find-dn4ex "edrxheadfoot.tex") \begin{document} \thispagestyle{empty} % \fontfamily{phv} % (find-fline "/usr/share/texmf-texlive/tex/latex/psnfss/helvet.sty") % \renewcommand{\rmdefault}{ptm} % \renewcommand{\sfdefault}{phv} % \renewcommand{\ttdefault}{pcr} % \renewcommand{\bfdefault}{b} %\input chapa1-pressao.dnt %* % (eedn4-51-bounded) %Index of the slides: %\msk % To update the list of slides uncomment this line: %\makelos{tmp.los} % then rerun LaTeX on this file, and insert the contents of "tmp.los" % below, by hand (i.e., with "insert-file"): % (find-fline "tmp.los") % (insert-file "tmp.los") \centerline{\Large \bf Pressão social} \centerline{\footnotesize (Eduardo Ochs)} \bsk Eu passei boa parte da minha vida sem o menor interesse por manifestações e passeatas, por não entender porque e como elas funcionavam. Depois eu entendi como elas funcionavam, e nos últimos tempos, aqui mesmo no PURO, comecei a ter que lidar com situações nas quais as manifestações possíveis não funcionavam --- e nem princípios morais, nem argumentos, e nem mesmo votações. Imagine que você tem um grupo dominante que está trabalhando pelo ``progresso'' --- na verdade por uma determinada noção de ``progresso'' --- e que considera que não pode nem prestar atenção nos outros (pra não se distrair). Aí este grupo dominante começa a ver os outros como ``baderneiros'' e ``subversivos'', e começa a criar mecanismos para que os argumentos destes outros não sejam ouvidos --- ou sejam aparentemente ouvidos, mas sejam ignorados --- para que as votações contrárias à sua noção de ``progresso'' sejam anuladas, etc... e como as instituições formais --- a Justiça, por exemplo --- funcionam devagar e este grupo trata os detalhes burocráticos como sendo mais importantes e ``reais'' que os seres humanos, ele acaba conseguindo que a máquina burocrática funcione a seu favor. A minoria não importa porque ela passa a ser vista como feita de {\it incompetentes que não sabem lidar com as regras do jogo}. Como prevenir que se crie uma situação destas? E, uma vez que ela esteja criada, como desfazê-la? {\it Como dialogar em situações em que o diálogo se tornou impossível?} \bsk Estamos cercados de espaços sociais que deveriam permitir o diálogo, mas nos quais um diálogo real é difícil ou impossível --- e nos sentimos {\it incompetentes} neles. Em alguns poucos destes espaços há claramente um ``grupo dominante'' que criou a situação, mas na maior parte deles esta situação se criou praticamente sozinha e não há culpados. Em conversas com pessoas próximas podemos ``falar mal dos outros'' mais ou menos livremente; em conversas com pessoas menos próximas temos que ser mais cuidadosos, em espaços como reuniões temos que ser {\it bem} mais cuidadosos, e em textos por escrito em fóruns públicos temos que ser {\it extremamente} cuidadosos com o que dizemos --- para não sermos processados por difamação e calúnia. Somos ensinados que é anti-ético falar mal dos outros --- e que nem podemos fazer isto em público --- mas acredito que na situação atual, em que estamos cercados de absurdos e de impunidade e não sabemos o que fazer com isso, nós {\it precisamos de mais conversinhas de corredor!} Porque falar dos outros é, bem ou mal, um modo de discutir o que achamos certo e errado, de checar se os nossos colegas perceberam os fatos da mesma forma que a gente, e se eles se incomodam com as mesmas coisas que a gente. E quando conversamos com nossos colegas mais próximos sobre algo que achamos absurdo as nossas impressões sempre se transformam: algo que no início poderia parecer ser só uma grande irritação aos poucos vai adquirindo argumentos e se transformando em uma discussão sobre princípios... {\it Incômodos} se transformam em {\it idéias}, que passam a poder ser discutidas com colegas menos próximos; aí estas idéias se refinam ainda mais, e passam a poder ser discutidas mais publicamente --- em algum momento até em espaços oficiais, como reuniões, e por escrito, em postagens para fóruns de discussão na internet, blogs, e em cartas para órgãos deliberativos da universidade. {\it Precisamos de mais discussões por escrito} --- e o modo de chegar a isto é começar com mais discussões entre pessoas próximas a nós. A maior parte das atitudes absurdas em torno de nós não podem ser facilmente atacadas porque não há ``provas concretas'' contra elas, ou elas são difíceis de conseguir... nós estamos costumamos a pensar que a polícia vai nos defender, e que processos podem ser abertos --- mas na verdade a polícia e a justiça são só para os casos extremos, em que as partes não conseguem chegar sozinhas a acordos. {\it Como podemos fazer a nossa parte e nos defendermos por nós mesmos dos absurdos em torno de nós?} Uma resposta: {\it pressão social}. Agir de forma absurda tem que se tornar algo {\it feio}, que faz com que a pessoa agindo mal seja mal-vista. Temos que aprender a expôr publicamente, por escrito, porque certas atitudes em torno de nós são absurdas; e para sermos eficazes nisto não podemos nos limitar a legalismos --- precisamos discutir princípios, e um bom modo de fazer isto é analisar as conseqüências das atitudes que nos incomodam. A maior parte das decisões absurdas que são tomadas na universidade e que nos afetam são feitas por pessoas que se expõem muito pouco --- o que há de registros por escrito do que elas pensam é ínfimo, tipicamente poucas linhas em atas de reuniões. Se recriarmos o hábito de discutir e escrever poderemos cobrar delas coerência entre o que elas dizem e o que elas fazem, e poderemos até fazer com que se torne feio elas se exporem tão pouco... e além disso nós aprenderemos a nos expressar e a nos defender melhor, e a proteger as nossas pessoas mais queridas. Numa situação com tantos problemas e tão poucos recursos como a nossa eu acredito que não dá mais para considerarmos que o mais ``ético'' é nunca falarmos dos outros. Pelo contrário: temos que aprender a pensar mais sobre as conseqüências a curto, médio e longo prazo do que fazemos, e a encontrar os me\-lho\-res modos de pensar e discutir tudo em torno de nós. \bsk \bsk \def\myvcenter#1{$\begin{matrix}\text{#1}\end{matrix}$} \def\chapaum#1{\includegraphics[scale=#1]{../PURO/chapa1.jpg}} \myvcenter{\chapaum{0.12}} \myvcenter{\begin{tabular}{l} Mais textos em: \\ \bf http://angg.twu.net/chapa1.html \\ Chapa 1 - PURO - 2011 \end{tabular}} % {\footnotesize (Eduardo Ochs)} % (find-es "tex" "fontfamily") % (find-es "tex" "psnfss-avant-garde") % (find-kopkadaly4page (+ 12 234) "overrightarrow") % (find-kopkadaly4page (+ 12 379) "overrightarrow") % (find-kopkadaly4page (+ 12 504) "overrightarrow") % .tfm le, 234, 400, 487, 498, 503, Times-Roman, PostScript font, 234, % 506 379, 504 %* \end{document} % Local Variables: % coding: raw-text-unix % ee-anchor-format: "«%s»" % End: