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Matemática Discreta - 2011.2

Horários do curso em 2011.2:
  4ªs 14-16, sala 5A ou 6A,
  5ªs  9-11, sala 5A ou 6A.
  Veja: http://angg.twu.net/2011.2.html
                  (find-TH "2011.2")
Página do curso de 2011.1:
  http://angg.twu.net/2011.1-MD.html
            (find-TH "2011.1-MD")
Arquivo com todas as folhas manuscritas do curso de 2011.1:
  http://angg.twu.net/MD/MD-2011.1-tudo.pdf
  http://angg.twu.net/MD/MD-2011.1-tudo.djvu
Vamos usar o livro do Scheinerman,
alguns capítulos do livro da Judith Gersting,
e o primeiro capítulo do Hopcroft/Ullman/Motwani.
Versão para impressão:
  http://angg.twu.net/MD/MD-2011.2.pdf
(Pode estar desatualizada!)

A monitora é a Gabriela Ávila <gabrielaa@id.uff.br>. Os horários de atendimento dela são nas 2ªs das 9:00 às 13:00, nas 4ªs das 14:00 às 16:00, e nas 5ªe a 6ªs das 14:00 às 17:00.

A Ana Isabel está dando o curso dela de modo bem diferente, mas vale muito a pena olhar o material do curso dela (no Moodle):

http://softwarelivre.uff.br/esl/
http://softwarelivre.uff.br/esl/course/view.php?id=51  MD Bel 2011.2
http://softwarelivre.uff.br/esl/mod/forum/discuss.php?d=209 Gabriela

Plano de aulas / resumo do que já aconteceu:

1ª aula (10/ago): aula cancelada por ainda não ter sala alocada.
2ª aula (11/ago): dei uma aula para a minha turma e uma para a turma
  da Ana Isabel (que fraturou o tornozelo e está sem poder andar), e
  as duas foram só um pouco diferentes. Discutimos tipos de objetos -
  números, strings, conjuntos, valores de verdade... - e avisei que
  confundir tipos é "erro conceitual gravíssimo" - veja estas regras
  sobre como escrever questões em provas:
    http://angg.twu.net/LATEX/2011-1-GA-regras.pdf
  (depois vou fazer uma versão delas específica para MD).
  Consideramos o exemplo de um programa de computador que é uma
  calculadora na qual o "display" dela funciona também como uma barra
  de texto na qual podemos digitar expressões, e quando apertamos o
  botão "CALC" ela calcula o valor da expressão. Por exemplo,
    "2+3"        -->  "5"
    "2*3+4*5"    -->  "26"
    "26"         -->  "26"
    "2<3"        -->  "V"
    "4>=5"       -->  "F"
    "1/0"        -->  "ERRO"
    "Alexandre"  -->  "ERRO"
    "ERRO"       -->  "ERRO"
  Às vezes vamos considerar que essa calculadora suporta váriaveis,
  como em linguagens de programação... então quando a=2 temos
    "a"          --> "2"
    "a+3"        --> "5"
  e quando a=10 temos:
    "a"          --> "10"
    "a+3"        --> "13"
  Aí nós deixamos de lado temporariamente a idéia dessa calculadora
  que mostra direto o resultado final e começamos a ver como calcular
  expressões passo a passo. Vimos como funcionam o "∧", o "∨" e o "->"
  (definimos eles por tabelas por enquanto), e, supondo que a=2, b=3,
  P=F, Q=V, tentamos calcular "a*b+a" e "(Q->P)∨Q". Mostrei que tipo
  de diagramas estávamos procurando, avisei que os diagramas pra estas
  expressões teriam 11 nós e 16 setas, e os alunos chegaram a isto
  aqui:
                a*b+a                       (Q->P)vQ
              /   |   \                   /     |    \
             /    |    \                 /      |     \
            v     v     v               v       v      v
        2*b+a   a*3+a   a*b+2     (V->P)vQ   (Q->F)vQ   (Q->P)vV
          |  \ /     \ /  |           |   \ /        \ /  |
          |   X       X   |           |    X          X   |
          v  v v     v v  v           v   v v        v v  v
        2*3+a   2*b+2   a*3+2     (V->F)vQ   (V->P)vV   (Q->F)vV
        /   \     |     /           /   \       |      /
       /     \    |    /           /     \      |     /
      v       v   v   v           v       v     v    v
   6*a          2*3+2          FvQ          (V->F)vV
      \       /                   \       /
       \     /                     \     /
        v   v                       v   v
         6+2 ---> 8                  FvV ---> V
  Discutimos também vários tipos de setas erradas - por exemplo:
    2*3+4 --> 2*7
  Não queremos incluir setas erradas nos nossos diagramas.
  Pra minha turma falei do grafo direcionado do "é divisível por" em
  {1,...,6}:
      /\    /\   
      \v    v/   
       6 -> 3    
       | \  |
       v  v |
       2 -> 1 <--- 5
      /^    ^\     ^\
      \/    \/     \/
  e lembrei a todos que ele é representado "em matematiquês" como o
  par ordenado
    ( {1,2,3,4,5},
      {                                    (6,6)
                                    (5,5),
                             (4,4),
                      (3,3),               (6,3),
               (2,2),        (4,2),        (6,2),
        (1,1), (2,1), (3,1), (4,1), (5,1), (6,1) } )
  e que o grafo direcionado do cálculo passo a passo do "a*b+a" é algo
  parecido, mas com strings:
    ( {"a*b+a", "2*b+a", ..., "8"},
      { ("a*b+a", "2*b+a"), ..., ("6+2", "8") } )
  Pra turma da Bel fizemos a tabela do x>3->x^2>3 para alguns valores
  de x,
    x    x>3   x^2  x^2>3  x>3->x^2>3
    --+------------------------------
    0 |   F     0     F       V
    1 |   F     1     F       V
    2 |   F     4     V       V
    3 |   F     9     V       V
    4 |   V    16     V       V
    5 |   V    25     V       V
  e perguntei: será que x>3->x^2>3 é sempre verdade? E disse que na
  aula seguinte nós veríamos expressões que formalizam a idéia de
  "x>3->x^2>3 é sempre verdade" (e que os detalhes seriam complicados
  e que num primeiro momento as pessoas arrancariam os cabelos).

3ª aula (17/ago): cancelada.
4ª aula (18/ago): Voltando à idéia da calculadora, se ela usa a
  sintaxe do C, em que o "=" quer dizer atribuição e comparação é
  "==", então:
    "b = (a = 22) + 3"    -->   25
         \------/
            22
         \----------/
              25
     \--------------/
           25
   e depois disto as variáveis "a" e "b" passam a ter os valores 22 e
   33 respectivamente, e:
     "a"      -->  "22"
     "b"      -->  "25"
     "a+b"    -->  "47"
   em MD nós vamos SEMPRE usar ":=" para atribuição, mas essas
   atribuições vão ser TEMPORÁRIAS (!!!!!!!!!!!!!!!)... Em Matemática,
   ao contrário de em programação as variáveis nunca mudam de valor -
   vamos entender isto aos poucos.
   Se a calculadora suporta atribuição com ":=", então:
     "x := 2"    -->  "2"
     "x^2 < 10"  -->  "V"
     "x := 3"    -->  "3"
     "x^2 < 10"  -->  "V"
     "x := 4"    -->  "4"
     "x^2 < 10"  -->  "F"
   A calculadora que a Gabriela (monitora) está implementando vai
   saber calcular coisas como:
     "∀x∈{2,3,4}.x^2<10"   -->  "F"
   Mas precisamos entender como ela (a calculadora) faz isto...
   Como podemos calcular expressões com "∀" e "∃" passo a passo?
   A sintaxe das expressões com "∀" é SEMPRE assim:
     ∀ (variável) ∈ (conjunto) . (expressão)
   então, por exemplo,
     "∀x∈{2,3,4} x^2<10"   -->  "ERRO"
   porque falta o "." (!!!!!!!!!!) e
     "∀2∈{2,3,4}.x^2<10"   -->  "ERRO"
   porque 2 não é uma variável!!!!!!!!!! Em Matemática Discreta, como
   em calculadoras e em linguagens de programação, QUALQUER erro de
   sintaxe TEM que ser tratado como erro - se a gente começa a ser
   tolerante com erros de sintaxe mais tarde a gente vai ser obrigado
   a decidir o significado de expressões ambíguas, e a gente vai se
   ferrar; o único modo da gente se proteger contra ambiguidades é a
   gente se restringir a expressões com a sintaxe correta.
     A regra pra gente fazer o "passo" que nos livra de um "∀" é a
   seguinte: "∀ (variável) ∈ (conjunto) . (expressão)" vira várias
   "cópias" da "expressão", uma para cada elemento do "conjunto", mas
   em cada "cópia" substituimos cada ocorrência da "variável" pelo
   elemento correspondente do conjunto, e depois conectamos as
   "cópias" com "∧"s...
   Passei estes exercícios, e passamos muito tempo discutindo eles:
     (1) ∀a∈{-1,0,1}.a^2<a
     (2) ∀P∈{V,F}.(P->P)
     (3) ∀P∈{V,F}.∀Q∈{V,F}.P∨Q
     (4) ∀a∈{0,1}.a<2∨(∀a∈{1,2}.a>1)
   Por exemplo:
        ∀a∈{-1,0,1}.a^2<a
                  |
                  v
     ((-1)^2<(-1))∧(0^2<0)∧(1^2<1)
                  :
                  v
                F∧V∧V
   e:
       ∀P∈{V,F}.∀Q.{V,F}.P∨Q -----> ∀P∈{V,F}.((P∨V)∧(F∨F))
                  |                         :
                  v                         :
    (∀Q∈{V,F}.V∨Q)∧(∀Q∈{V,F}.F∨Q)           :
                  :                         :
                  v                         :
     ((V∨V)∧(V∨F))∧((F∨V)∧(F∨F)) <- - - - - /
  A diferença entre "∀" e "∃" é que no "∀" a gente usa "∧" e no "∃" a
  gente usa "∨". Comentei que "∀" e "∃" são parecidos com somatórios -
  por exemplo,
    _5_
    \     2	     2	        2	   2	
    /__ (k  + 1) = (3  + 1) + (4  + 1) + (5  + 1)
    k=3
  repare que em somatórios a gente liga as "cópias" com sinais de "+".
  Fiquei de pôr aqui na página do curso mais um monte de exercícios de
  fixação sobre quantificadores. Os primeiros exercícios são:
    (5) ∀P∈{F,V}.P∨¬P
    (6) ∀P∈{F,V}.∀Q∈{F,V}.P->(P∧Q)
    (7) ∀P∈{F,V}.∀Q∈{F,V}.(P∧Q)->P
    (8) ∀P∈{F,V}.∀Q∈{F,V}.(P∨Q)->P
    (9) ∀P∈{F,V}.∀Q∈{F,V}.P->(P∨Q)
    (10) ∃a∈{0,1,2,3}.2*a=3
    (11) ∃a∈{0,1,2,3,4}.2*a=4
    (12) ∃a∈{0,1,2,...,100}.2*a=100
  nos próximos exercícios onde estiver escrito "a|b" (pronúncia: "a
  divide b") você vai ter que substituir o "a|b" por
  "∃k∈{0,...,b}.a*k=b" - ou seja, a _definição_ de "a|b" vai ser 
  "∃k∈{0,...,b}.a*k=b" (vamos ver mais sobre definições em breve).
    (13) ∃a∈{2,3,4}.a|5
    (14) ∃a∈{2,...,5}.a|6

5ª aula (24/ago): pus os problemas (5) a (14) da aula passada no
  quadro, e mais estes:
    (15) -2|4
    (16) 2|-4
  Está na hora de todo mundo aprender a fazer as próprias definições
  (pus no quadro avisos de que os alunos vão passar o curso todo de
  Ciência da Computação fazendo definições, que eles vão ter que
  começar a treinar logo, caveira × 10, etc), e a passei estes
  exercícios:
    (A) Dê uma definição para "a é par" e teste-a.
    (B) Dê uma definição para "a é ímpar" e teste-a.
    (C) Isto vale? ∀a∈Z.(a é par)∨(a é ímpar)
    (D) Isto vale? 2/3 é ímpar
    (E) Dê uma definição de ímpar na qual 2/3 seja ímpar (e teste-a).
  Acabamos ficando só no (A). Apareceram várias definições erradas,
  além da certa, e vi que o mais interessante seria testarmos cada uma
  delas.
    (A1) Def: a é par_1 se e só se ∀b∈Z.∀a∈R.a/2=b
    (A2) Def: a é par_2 se e só se ∃k∈Z.(ak=b∧(a/2∈Z))
    (A3) Def: a é par_3 se e só se ∃b∈Z.∀a∈R.a/2=b
    (A4) Def: a é par_4 se e só se ∃x∈Z.x/2∈Z
    (A5) Def: a é par_5 se e só se ∃a∈Z.a/2∈Z
  Vimos que os quantificadores criam "variáveis locais", como em
  linguagens de programação....
6ª aula (25/ago):
  Vimos duas sintaxes para definições:
    Def: f(P,Q) = (P->(P∧Q))
    Def: f(P,Q) se e só se P->(P∧Q)
  E discutimos como usar definições pra calcular mais rapidamente
  os itens (5) a (16) da 4ª aula.

7ª aula (31/ago): na aula anterior só 5 pessoas vieram...
  Voltamos aos problemas (15) e (16). Ninguém sabia o que deveria ser
  {-4,...,0}, então trabalhamos em cima deste problema (que chamamos
  de "4", por motivos que não importam aqui):
    (4) Encontre uma definição para {a,...,b} e teste-a. Sua definição
        deve dar o resultado "óbvio" pelo menos nos itens 4a e 4b
        abaixo:
      (4a) Calcule {0, ..., 2}.
      (4b) Calcule {1, ..., 4}.
      (4c) Calcule {1.1, ..., 4.1}.
      (4d) Calcule {1.1, ..., 4}.
      (4e) Calcule {1.1, ..., 1.1}.
      (4f) Calcule {0, ..., -4}.
  Apareceram as seguintes definições, e começamos a testá-las:
    {a,...,b} se e só se ∃k∈{a,...,b}.ak=b∧b=a+n∧n∈R   (Gustavo)
    {a,...,b} = ∀a<b.∃k∈Z.{{a,...,b} | a<k<b}          (Thiago)
    {a,...,b} = (∃k∈{a,...,b}.4+k>b)                   (Rodrigo)
    {a,...,b} = (∃!n∈R.a+n_1+n_2+...+n_x=b)            (Natan)
    {a,...,b} = ∀k∈{0,...,2}.k+1<=2∧n∈N                (Luis Fernando)
    {a,...,b} se e só se ∃k∈R.a<k<b                    (Luis Felipe)
    {a,...,b} se e só se ∃k∈{0,...,2}.a<=2k            (Dângelo)
8ª aula (01/set): "Workshop de definições".
  Vimos alguns critérios rápidos pra testar se definições - em
  particular as definições para {a,...,b} da aula passada - estão
  erradas:
    1) Sintaxe
    2) Tipos
    3) Variáveis indefinidas
    4) Recursão
  e vimos que cada uma das definições propostas na aula passada tinha
  pelo menos um desses erros.
  Pra casa: encontre duas definições diferentes para {a,...,b}, que
  dêem os resultados "esperados" quando a,b∈Z e a<=b, mas:
    {4.1, ..., 6.1}_I = {5, 6}
    {4.1, ..., 6.1}_R = {4.1, 5.1, 6.1}

9ª aula (07/set): feriado.
10ª aula (08/set):
  Mostrei duas regras pra lidar com "_∈{_|_}": a "regra nova" e a
  "regra horrível". A "regra nova" nos permite lidar com expressões da
  forma "_ ∈ {gerador | filtro}". Exemplo:
    2.5 ∈ {k∈R | a+k<=b}
             |
             v
      2.5∈R ∧ a+2.5<=b
  A "regra horrível" nos permite traduzir expressões da forma
  "{expressão | gerador}" para "{gerador | filtro}". Exemplo (com dois
  geradores):
    {a+b | a∈{10,20}, b∈{3,4}}
                |
                v
    {x∈R | ∃a∈{10,20}.∃b∈{3,4}.a+b=x}
  Repare que "x∈R" é um gerador difícil de usar (porque gera valores
  demais) e "∃a∈{10,20}.∃b∈{3,4}.a+b=x" também pode ser um filtro
  difícil de usar... mas num caso como este, que eu passei como
  exercício na aula,
    14 ∈ {a+b | a∈{10,20}, b∈{3,4}}
  podemos usar a "regra horrível", depois a "regra nova", depois
  expandir os dois "∃"s, e chegar ao resultado.
  Os alunos passaram a aula quase toda propondo definições para
  {a,...,b}_R e testando-as (eu avisei que é muito melhor a gente
  escrever definições possivelmente erradas e tentar testá-las e
  consertá-las do que não escrever nada). As definições que foram
  postas no quadro foram estas:
    {a,...,b}_RNatan1    = {k∈Z | a<=k<=b | k∈[a,b]}
    {a,...,b}_RNatan2    = {k∈Z | a<=k<=b ∧ k∈[a,b]}
    {a,...,b}_RNatan3    = {k∈R | a<=k<=b ∧ k∈[a,b]}
    {a,...,b}_RThaynara  = {k∈R | a+k<=b}
    {a,...,b}_RThaynara2 = {k∈R | a<=k<=b}
    {a,...,b}_RThiago    = {k∈N | a<=a+k<=b}
    {a,...,b}_RRodrigo   = {∃k∈N | 0<=k<=b ∧ k+a<=b}
    {a,...,b}_RNatan4    = {k∈N | a+k∈(a,b)}
    {a,...,b}_RNatan5    = {k∈N | a+k∈[a,b]}
    {a,...,b}_RRodrigo2  = {a+k | k∈{0,1,2}}
    {a,...,b}_RNatan'    = {k∈R | x<b ∧ a+x=k}
  Vimos que este programa em C,
    int main(void) {
      float a=2.1, b=4.1, k;
      for (k=0; a+k<=b; k++)
        printf("%f\n", a+k);
    }
  meio que corresponde a esta expressão em matematiquês:
    {a+k | k∈Z, a+k<=b}

11ª aula (14/set): Definições indutivas e notação para definições por
  casos. Exerçícios:
  (F_0, F_1, F_2, ...) = (0, 1, 1, 2, 3, 5, ...)   (Fibonacci)
  (a_0, a_1, a_2, ...) = (0, 1, 1+2, 1+2+3, ...)
                             1  1+2  1+2+3     )
  (b_0, b_1, b_2, ...) = (0, -, ---, -----, ...)
                             1   2     3
  a%d = resto da divisão de a por d
12ª aula (15/set): Introdução a gramáticas e BNF.
  Discutimos uma gramática parecida com esta ("G1"),
    digit  : '0'|'1'|'2'|'3'|'4'|'5'|'6'|'7'|'8'|'9'   /* 1 */
    digits : digit                       /* 2 */
           | digit digits                /* 3 */
    number | digits                      /* 4 */
    exp    : number                      /* 5 */
           | exp '+' exp                 /* 6 */
           | exp '-' exp                 /* 7 */
           | exp '*' exp                 /* 8 */
           | exp '/' exp                 /* 9 */
           | '-' exp                     /* 10 */
           | exp '^' exp                 /* 11 */
           | '(' exp ')'                 /* 12 */
  e como o conjunto dos strings que são "exp"s pode ser expresso como
  uma construção indutiva; vimos como provar que "2*3+(-45*6)" é uma
  "exp". Obs: esta gramática é adaptada da que aparece aqui:
    (find-node "(bison)Infix Calc")

13ª aula (21/set): A gramática G1, acima, tem "ambiguidades". Vimos
  que há vários modos de parsear a expressão "2*3+(-45*6)", e que
  podemos usar uma relação Val_G1 pra definir precisamente o que quer
  dizer "s é uma expressão válida que pode ter o valor v". Por
  exemplo:
      Val_G1("2*3",6)  Val_G1("(-45*6)",-270)
      ---------------------------------------
             Val_G1("2*3+(-45*6)",-264)
  e:
      Val_G1("2",2)  Val_G1("3+(-45*6)",-267)
      ---------------------------------------
             Val_G1("2*3+(-45*6)",-534)
  um modo de consertá-la é este. A gramática G2 é:
    digit  : '0'|'1'|'2'|'3'|'4'|'5'|'6'|'7'|'8'|'9'  /* 13 */
    digits : digit                        /* 14 */
           | digit digits                 /* 15 */
    number | digits                       /* 16 */
    pexp   : number                       /* 17 */
           | '(' aexp ')'                 /* 18 */
    mexp   : pexp                         /* 19 */
           | mexp '*' pexp                /* 20 */
           | mexp '/' pexp                /* 21 */
    aexp   : mexp                         /* 22 */
           | '-' mexp                     /* 23 */
           | aexp '+' mexp                /* 24 */
           | aexp '-' mexp                /* 25 */
  Esta gramática nos dá a noção certa de "subexpressão" - quando
  parseamos "2*3+(-45*6)" as subexpressões são os substrings que
  aparecem como "pexp"s, "mexp"s ou "aexps".
  [[Falta uma parte]]
14ª aula (22/set): variáveis ligadas, substituição, regras de dedução.
        /------------y------------\
        |               /---x---\ |
        |               |       | |
    P(x,y) := ∀x∈{2,3}.∀x∈{3,4}.x<y
  é equivalente a:
        /------------y------------\
        |               /---z---\ |
        |               |       | |
    P(x,y) := ∀x∈{2,3}.∀z∈{3,4}.z<y
  e daí
    P(5,6) = ∀x∈{2,3}.∀z∈{3,4}.z<6
  [[ Acabei não transcrevendo muita coisa! Usei alguns exemplos
  bastante bons, preciso pegá-los do caderno de algum aluno... ]]

15ª aula (28/set): Introdução a provas formais "em Fitch".
  [[ Preciso pôr aqui os exemplos e exercícios da aula... ]]
16ª aula (29/set): Que regras são válidas numa prova formal (em
  Fitch)? Nós já vimos várias regras válidas ("*" = caveirinha),
    | P      
    | Q      | P∧Q     | P∧Q        
    +----    +----     +----        
    | P∧Q    | P       | P    
    (conj)   (simp1)   (simp2)            
                                          | | P         
    | P      | P->Q                       | +---        
    | P->Q   | ¬Q      | P      | ¬¬P     | | :         
    +-----   +-----    +----    +----     | | :         
    | Q      | P       | ¬¬P    | P       | | Q         
    (MP)     (MT)      (neg)    (neg)     | P->Q        
                                          (-> Intro (*))
    | P      | Q
    +----    +----
    | P∨Q    | P∨Q
    (∨I1)    (∨I2)
      Links:
      (find-books "__logic/__logic.el" "barwise-etchemendy")
      (find-barwiseetchemendypage (+ 10 148) "6.2 Disjunction rules")
      (find-barwiseetchemendypage (+ 10 206) "8.2" "-> Intro")
  Mas estas não são todas, e nenhuma pessoa normal decora todas.
    A qualquer momento numa prova em Fitch podemos colocar uma
  "conclusão" que seja algo que já sabíamos - por exemplo os axiomas
  do apêndice C do Scheinerman - ou uma tautologia, ou algo que
  provamos "por contas"... Lembre que cada novo passo tem que ter uma
  "justificativa", e ela tem que ser válida.
    Como é que tautologias viram regras de dedução?
    Exemplo: ∀P,Q,R∈{F,V}.((P->R)∧(Q->R)->(P∨Q->R)). Calcular por
  redução ("-~->") que isto é verdade dá um trabalhão (tente em casa -
  procure modos de reduzir as contas, depois tente explicá-los em
  português de forma que todo mundo entenda); verificamos isto com uma
  tabela improvisada:
      P  Q  R   (P-->R)∧(Q-->R)-->(P∨Q-->R)
      --------+----------------------------
      F  F  F |                 V  FFF V
      F  F  V |                 V      V V
      F  V  F |        F V F F  V
      F  V  V |                 V      V V
      V  F  F |  V F F F        V
      V  F  V |                 V      V V
      V  V  F |        F V F F  V
      V  V  V |                 V      V V
   [[ completar ]]
   (find-QUADROfile "" "2011-09-29-MD")
   (find-QUADRO        "2011-09-29-MD-1.jpg")
   (find-QUADRO        "2011-09-29-MD-2.jpg")
   (find-QUADRO        "2011-09-29-MD-3.jpg")
   Em exercício (grande & difícil; pedi pra tentarem improvisar antes
   de ver as regras de verdade). Digamos que sabemos que:
     Def:   a é par <-> ∃x∈Z.2x=a
     Def: a é ímpar <-> ∃x∈Z.2x+1=a
     e que ∀x∈Z.(x é par)∨(x é ímpar).
   Prove que ∀x∈Z.x^2+x é par.
   Um exemplo de uma dedução em Fitch com regras ∃-intro e ∃-elim - a
   regra ∃-elim é uma das regras difíceis (com caveira!) que envolvem
   hipóteses temporárias que são descartadas.
      1 | a é par
        +--------
      2 | ∃x∈Z.2x=a               (por 1 e pela def de par)
      3 | | x∈Z                   (HIPÓTESE TEMPORÁRIA!)
      4 | | 2x=a                  (HIPÓTESE TEMPORÁRIA!)
        | +-----
      5 | | a^2+a = (2x)^2+(2x)   (por 4 e álgebra)
      6 | | a^2+a = 2(2x^2+x)     (por 5 e álgebra)
      7 | | 2x^2+x∈Z              (por 3 e álgebra)
      8 | | ∃y∈Z.a^2+a=2y         (por 6,7, ∃-intro)
      9 | | a^2+a é par           (por 8 e pela def de par)
     10 | a^2+a é par             (por 2-9, ∃-elim)

17ª aula (05/out): Hoje: conjuntos!
  (Dica: pra seguir esta parte do curso é melhor usar o livro da
  Judith, principalmente o cap.3).
  Conjuntos são definidos pelos seus elementos: se A e B são
  conjuntos, então
    A=B <-> ∀x.(x∈A<->x∈B)
  Note que aqui apareceu um "∀_._" - estávamos usando só "∀_∈_._"!
  Além disso:
    y∈{x∈A|P(x)} <-> y∈A∧P(y)
  Note que os "<->"s acima podem ser utilizados como _definições_ para
  igualdade de conjuntos e para "_∈{_|_}".
    Def: [a,b] = {x∈R|a<=x<=b}
    Def: a<=b<=c <-> a<=b∧b<=c
  Vamos ver como provar formalmente coisas como
    ∀x∈[3,4].2<x     e
    A∩(B∩C)=(A∩B)∩C,
  e no caminho vamos entender mais coisas sobre as regras do "∀".
  [*CAV*] O livro da Judith - e o do Scheinerman - usam principalmente
  "∀_._" e "∃_._" ao invés de "∀_∈_._" e "∃_∈_._" - isso é horrível
  para _calcular_ coisas, mas facilita _demonstrações_.
  Duas definições possíveis (equivalentes) para "∩":
    Def:   A∩B  = {a∈A|a∈B}    (*)
    Def: x∈A∩B <-> x∈A∩x∈B     (**)
  Não estamos acostumados a usar definições como a (**)...
  Obs: def: P<->Q <-> (P->Q)∧(Q->P)
  Exercícios: prove que
    | x∈A∩B    | x∈(A∩B)∩C   |			    
    +------    +----------   |			    
    |  :       |  :          | :		    
    | x∈B∩A    | x∈A∩(B∩C)   | x∈(A∩B)∩C<->x∈A∩(B∩C)
  Alguns modos de resolvê-los:
    1 | x∈A∩B    
      +------    
    2 | x∈A∧x∈B  (por (**))
    3 | x∈A
    4 | x∈B      
    5 | x∈B∧x∈A
    6 | x∈B∩A    (por (**))
  e
     1 | x∈(A∩B)∩C
       +----------
     2 | x∈(A∩B)∧x∈C  (por 1, (**))
     3 | x∈A∩B
     4 | x∈A∧x∈B      (por 3, (**))
     5 | x∈A
     6 | x∈B
     7 | x∈C
     8 | x∈B∧x∈C
     9 | x∈B∩C        (por 8, (**))
    10 | x∈A∧x∈B∩C    
    11 | x∈A∩(B∩C)   (por 10, (**))
  e
    100 | | x∈A∩(B∩C)
        | +----------			    
    101 | | x∈A∧x∈B∩C
        | | :
    148 | | x∈(A∩B)∩C  
    149 | x∈A∩(B∩C)->x∈(A∩B)∩C    (por 101-148, ->Intro)
    150 | | x∈(A∩B)∩C			    
        | +----------			    
        | | :		    
    197 | | x∈A∩(B∩C)
    198 | x∈(A∩B)∩C->x∈A∩(B∩C)    (por 150-197, ->Intro)
    199 | x∈(A∩B)∩C<-x∈A∩(B∩C)    (por 149, reescrevendo P->Q como Q<-P)
    200 | x∈(A∩B)∩C<->x∈A∩(B∩C)   (por 198, 199, def do "<->" (conj))
  Note que a passagem 197,198->200 poderia ser feita "mais
  honestamente" assim:
    198   | P->Q
    199   | P<-Q
    199.5 | (P->Q)∧(P<-Q)
    200   | P<->Q             (por 199.5, def do "<->")
  Regras novas ([*CAV*] - são difíceis de formalizar):
    | P(x)
    +-----
    |  :
    | Q(x,y)
    | ∀y.Q(x,y)   (∀-Intro)
  a regra "∀-Intro", que generaliza a conclusão de Q(x,y) para
  ∀y.Q(x,y), _só pode ser utilizada quando não há nenhuma hipótese
  adicional sobre y_ - ou seja, quando o y que estávamos utilizando
  "podia ser qualquer y" (a hipótese P(x) acima está lá só pra sugerir
  que "nenhuma das hipóteses envolve condições sobre o y).
  Variação:
    | P(x)
    +-----
    | | y∈A
    | +----
    | | :
    | | Q(x,y)
    | ∀y∈A.Q(x,y)   (∀-Intro)
  Com estas regras podemos fazer:
    200 | x∈(A∩B)∩C<->x∈A∩(B∩C)
    201 | ∀x.(x∈(A∩B)∩C<->x∈A∩(B∩C))
    202 | (A∩B)∩C=A∩(B∩C)
18ª aula (06/out):
    (find-QUADROfile "" "2011-10-05-MD")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-1.jpg")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-2.jpg")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-3.jpg")

19ª aula (12/out): feriado (dia das crianças e dia nacional da luta
  contra a corrupção).
20ª aula (13/out):
    (find-QUADROfile "" "2011-10-13-MD")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-1.jpg")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-2.jpg")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-3.jpg")
    (find-QUADRO        "2011-10-05-MD-4.jpg")

21ª aula (19/out): semana acadêmica
22ª aula (20/out): semana acadêmica

23ª aula (26/out): revisão pra prova
    (find-QUADROfile "" "2011-10-26-MD")
24ª aula (27/out): Pegamos uma demonstração em Português que apareceu
  na P2 do semestre passado, que era:
    (A) Suponha que a é um inteiro que é par e ímpar ao mesmo tempo.
        Então existem inteiros x e y tais que a=2x e a=2y+1, e temos
        2x=2y+1 e 1=2x-2y=2(x-y); portanto x-y = 1/2, que não pertence
        a Z, mas como x,y∈Z temos x-y∈Z, uma contradição.
  E tentei ver que dificuldades os alunos teriam para traduzí-la para
  Fitch. Dei as seguintes dicas:
    (1) nomeie as sub-sentenças (P, Q, P_1, ...)
        e subprovas (P->¬Q, ...);
    (2) divida o problema maior em vários subproblemas;
    (3) anote quais são as variáveis livres em cada sentença e as
        hipóteses que foram usadas pra chegar a cada conclusão;
    (4) **teste os subproblemas**;
    (5) liste as definições;
    (6) anote que regra de dedução você usou para chegar a cada
        conclusão;
    (7) ponha "?"s nos passos dos quais você não tem certeza ou que
        você acha que merecem mais detalhes;
    (8) traduza entre português e matematiquês, usando vários passos
        se necessário.
  Exercícios (pequenos):
    (I) Quais são as hipóteses da prova A e qual a conclusão?
    (II) Expresse A como "H_1∧H_2∧...∧H_n->C" ou como "∀_∈_._".
    (III) Liste as definições usadas em A e expresse-as em
          matematiquês formal.
  Não fomos muito longe 8-(.
  Algumas dificuldades que surgiram: às vezes as pessoas confundem
  definir "___ é par" e definir o conjunto dos números pares; e
    Def: par = {a | ∀x∈R | a=2x}
  tem _montes_ de problemas!...

25ª aula (02/nov): feriado - finados
  *** vou pôr aqui as idéias que surgiram em e-mails ***
  Um exemplo simples de como usar o ∃-elim:
        | .
        | :
    100 | ∃a∈A.a<20
    101 | | a∈A        (hipótese temporária)
    102 | | a<20       (hipótese temporária)
        | +-----
    103 | | a<30       (por 102 e álgebra)
    104 | | ∃a∈A.a<30  (por 101 e 103)
    105 | | ∃b∈A.b<30  (por 104, renomeando uma variável local)
    106 | ∃b∈A.b<30    (por ∃-elim - repare que tínhamos concluído
        | .             ∃b∈A.b<30 usando ∃a∈A.a<20, a∈A e a<20, mas
        | :             a regra ∃-elim nos permite descartar as hipóteses
                        a∈A e a<20 e manter só a hipótese ∃a∈A.a<20)
  Uma dica importante:
  ====================
  Se uma dedução estiver certa então cada linha dela pode ser
  reescrita "com todas as suas hipóteses explícitas", como no exemplo
  abaixo:
    100 | ∃a∈A.a<20         (∃a∈A.a<20)             ->(∃a∈A.a<20)
    101 | | a∈A             (∃a∈A.a<20)∧(a∈A)       ->(a∈A)
    102 | | a<20            (∃a∈A.a<20)∧(a∈A)∧(a<20)->(a<20)
        | +-----
    103 | | a<30            (∃a∈A.a<20)∧(a∈A)∧(a<20)->(a<30)
    104 | | ∃a∈A.a<30       (∃a∈A.a<20)∧(a∈A)∧(a<20)->(∃a∈A.a<30)
    105 | | ∃b∈A.b<30       (∃a∈A.a<20)∧(a∈A)∧(a<20)->(∃b∈A.b<30)
    106 | ∃b∈A.b<30         (∃a∈A.a<20)             ->(∃b∈A.b<30)
  e todas estas "proposições com hipóteses explícitas" têm que ser
  verdadeiras - e sem hipóteses adicionais!
    Repare que neste exemplo o valor de cada proposição que apareceu
  na coluna da direita "depende" do valor de algumas variáveis. Mas
  precisamente: só sabemos CALCULAR - pelas regras de redução - o
  valor da expressão da linha 100,
    100                                  (∃a∈A.a<20)->(∃a∈A.a<20)
  se A for conhecido, e só sabemos CALCULAR o valor de
    105                     (∃a∈A.a<20)∧(a∈A)∧(a<20)->(∃b∈A.b<30)
  se conhecemos A e a...

  O problema dos "inteiros pares e ímpares ao mesmo tempo"
  ========================================================
  A tradução para Fitch dele é:
     1 | a∈Z
     2 | a é par e ímpar
       +--------------------------
     3 | (∃x∈Z.2x=a)∧(∃y∈Z.2y+1=a)
     4 | ∃x∈Z.2x=a
     5 | ∃y∈Z.2y+1=a
     6 | | x in Z
     7 | | 2x=a
       | +---------
     8 | | | y in Z
     9 | | | 2y+1=a
       | | +--------
    10 | | | 2x=2y+1
    11 | | | 2x-2y=1
    12 | | | 2(x-y)=1
    13 | | | x-y=1/2
    14 | | | ¬(x-y∈Z)
    15 | | | x-y∈Z
    16 | | | F
    17 | | F
    18 | F
  Exercícios:
    1) Explique porque - e em que sentido - P∧Q->F é equivalente
       a P->¬Q.
    2) Escreva à direita de cada proposição da prova acima a sua
       "versão com hipóteses explícitas", e as variáveis das quais ela
       depende.
    3) Explique esta dedução:
         1 | ¬(x-y∈Z)
         2 | x-y∈Z
           +------
         3 | F
    4) Complete a dedução acima (a de 18 linhas) dizendo o nome da
       regra utilizada em cada passo. Obs: este exercício é uma
       desculpa pra fazer você se familiarizar com as regras do Fitch.
    5) Explique (pode ser em Português) como é que a demonstração
       acima prova que não existe inteiros que são pares e ímpares ao
       mesmo tempo.
    6) (Difícil.) Releia a seção 1.4 - "Lógica de Predicados" - do
       livro da Judith Gersting, e compare o "axioma 6" dela com a
       regra "∃-elim" do Fitch. Obs: as "várias livres" nas deduções
       funcionam de modos completamente diferentes no Fitch e no
       sistema da Judith...
    7) Verifique que "∃a∈A.P(a)" é equivalente a "∃a.(a∈A∧P(a))" (se
       você não achar isto óbvio), e explique porque é que a nossa
       regra pro "∃" introduz _duas_ hipóteses temporárias ao invés de
       uma só; compare com a do Barwise/Etchemendy, que introduz uma
       hipótese temporária só.
    8) Traduza para Fitch a demonstração que aparece na questão 6 da
       P2 do semestra passado:
         http://angg.twu.net/MD/MD_P2_2011jun22.pdf
    9) Traduza para Fitch mais demonstrações que aparecem no capítulo
       2 do livro da Judith.
    Obs: há um scan de uma parte do livro da Judith em:
      http://angg.twu.net/MD/judith_p59_a_110.pdf
    e um scan inteiro dele (e do Barwise/Etchemendy também) no
    bcclivros.
26ª aula (03/nov): P1 - matéria: construções indutivas e um pouco de
  demonstrações - basicamente tudo o que vimos até agora!
    *** As questões e o gabrito estão aqui: ***
    http://angg.twu.net/MD/MD_P1_2011nov03.pdf
    http://angg.twu.net/MD/MD_P1_2011nov03.djvu

27ª aula (09/nov): não teve aula (a prova de GA esticou demais)
28ª aula (10/nov):
   Falta transcrever...
   (find-QUADRO "2011-11-10-MD-1.jpg")
   (find-QUADRO "2011-11-10-MD-2.jpg")
   (find-QUADRO "2011-11-10-MD-3.jpg")
   (find-QUADRO "2011-11-10-MD-4.jpg")
   (find-QUADRO "2011-11-10-MD-5.jpg")

29ª aula (16/nov):
  [Falta transcrever...]
30ª aula (17/nov):
  Ontem vimos quantas comparações certos algoritmos de ordenação
  precisam. Por exemplo, tanto o "bubble sort" quanto o "selection
  sort" usam:
    compr(a) | comparações
    ---------+------------
        5    | 4+3+2+1       =   5(5-1)/2     =  5^2/2 - 5/2
       20    | 20+19+...+2+1 = 20(20-1)/2     = 20^2/2 - 20/2
     1000    | 999+...+1     = 1000(1000-1)/2 = 1000^2/2 - 1000/2
  Vamos ver que 
    [Falta completar]

31ª aula (23/nov): Ordem de crescimento de funções.
32ª aula (24/nov): Ordem de crescimento de funções.
  Seja f(n) o número máximo de comparações para o mergesort ordenar
  uma lista de comprimento 2^n; seja g(n) o número de comparações que
  o selection sort precisa para uma lista de comprimento 2^n, e seja
  h(n) o número de comparações que o selection sort precisa para uma
  lista de comprimento n. Podemos usar uma abreviação:
    nmaxcomp(algoritmo, comprimento)
  Então:
    f(n) = nmaxcomp(mergesort,      2^n)
    g(n) = nmaxcomp(selection sort, 2^n)
    h(n) = nmaxcomp(selection sort,   n) = g(2^n)
  Tabelas:
    n   h(n)               n   2^n   f(n)   g(n)   
    --+-----		   --+-----+------+------  
    1 |   0		   0 |   1 |  0   |   0    
    2 |   1  =       1	   1 |   2 |  1   |   1    
    3 |   3  =     2+1	   2 |   4 |  5   |   6    
    4 |   6  =   3+2+1	   3 |   8 | 17   |  28    
    5 |  10  = 4+3+2+1	   4 |  16 | 49   | 120    
  Exercício 1: dê uma definição formal, em matematiquês puro, das
    funções f, g e h.
  Aí eu convenci os alunos de que uma definição indutiva iria nos
  ajudar mais com os problemas seguintes que uma definição em forma
  fechada, e a gente chegou a:
    Def: h: N^+ -> N
             n |-> / 0              quando n=1
                   |
                   \ h(n-1)+(n-1)   quando n>1
  Essa definição é fácil de justificar, e a forma fechada aparece como
  um teorema (a prova é por indução)...
    Teorema: ∀n∈N^+.(h(n) = n(n-1)/2).
  Daí: g(n) = h(2^n) = ((2^n-1)*2^n)/2 = ... = 2^(2n-1)-2^(n-1).
  Aí usamos um argumento gráfico pra ver como fazer uma definição
  indutiva pra função f. Representando os dados por caixinhas,
            _
    f(0) = |_| = 0 comparações
            ___ 
    f(1) = |_|_| = 1 comparação
	   |___|
            _______     ___     ___ 
           |_|_|_|_|   |_|_| + |_|_|
    f(2) = |___|___| = |___|   |___|     = 2*f(1)+3
    	   |_______|    + 3 comparações
            _______________     _______     _______ 
    	   |_|_|_|_|_|_|_|_|   |_|_|_|_|   |_|_|_|_|
    f(3) = |___|___|___|___| = |___|___| + |___|___|
    	   |_______|_______|   |_______|   |_______|
    	   |_______________|    + 7 comparações
   E chegamos a:
     f(0) = 0
     f(1) = 2f(0) + 2^1 - 1
     f(2) = 2f(1) + 2^2 - 1
     f(3) = 2f(2) + 2^3 - 1
     f(4) = 2f(3) + 2^4 - 1
     ...
     f(n) = 2f(n-1) + 2^n - 1   
  Na próxima aula vamos ver como entender com que velocidade a função
  f cresce - sem fazer contas horríveis. Falei um pouquinho de funções
  O(n), O(n^2), etc, e os alunos ficaram com xeroxes das páginas
  248-251 do livro da Judith (a seção "Ordem de grandeza de funções",
  que só tem na edição de capa branca).

33ª aula (30/nov): Def: sejam f,g: R^+ -> R^+ (obs: R^+ = (0,∞)).
  Então os gráficos de f e g estão no 1º quadrante.
  Def: f<=g se e só se ∀x∈R^+.(f(x)<=g(x)).
  (Idem para <, >, >=, =).
  Def: f<=g a partir de 4 se e só se ∀x∈(4,∞).(f(x)<=g(x)).
  (Idem para <, >, >=, =, para 5, 6, etc).
  Vamos começar com f(x)=x e g(x)=1+x/2.
    1) Faça os gráficos de f e g.
    2) Mostre que f>=g a partir de algum ponto.
    3) Mostre que f>=g é falso.
  Def: se a∈R, f:R->R, então
    af: R  -> R
        x |-> af(x)
  Ex: se g(x)=1+x/2, então 4g = ?
  Def (*cav*): se f,g:R^+ -> R^+, então
    f=O(g) se e só se ∃c∈R^+.(f<=cg a partir de algum ponto).
  Exercícios:
  Mostre que:
    a) 3 = O(2),
    b) 2 = O(x),
    c) x = O(10x),
    d) x = O(1) é falso
  e descubra se cada uma das afirmações abaixo é verdade:
    e) 2+sen(x) = O(1)
    f) x = (Ox^2)
    g) x^2 = O(x)
    h) x <= x^2 a partir de algum ponto
    i) x^2 <= 10x a partir de algum ponto
    j) 2x = O(x+1)
    k) x+1 = O(2x)
34ª aula (01/dez): Como as coisas que a gente viu se encaixam?
  A maior parte das funções que descrevem o número de operações
  necessário pra executar certa tarefa são definidas indutivamente.
  Exemplos:
    Se f(n) = maxcomp(selection sort, n) = (n-1)+(n-2)+...+1
    então f(n) = f(n-1) + n-1
    (^ isto é fácil de entender; f(n) = n(n-1)/2 é difícil)
    Se g(n) = maxcomp(mergesort, 2^n)
    então g(n) = 2g(n-1) + 2^n - 1
  Precisamos treinar definições indutivas...
  Problema: digamos que queremos descobrir quantos números de 3
    dígitos existem que são menores que 500 e têm "dígitos
    não-crescentes" (por exemplo, 430 é "não crescente" porque
    4>=3>=0; 440 também; 042 não, porque 0<4).
  Método da força bruta ("when in doubt, use brute force" - Ken
    Thompson). Podemos definir
      A = {n∈N | n<=500, n "tem 3 dígitos não crescentes"}
  A parte entre aspas pode ser formalizada, mas essa definição
  informal basta por enquanto. Aí:
    A = {000, 100, 110, 111, 200, ..., 443, 444, 500}
  e |A| = 36.
  Caso geral:
    D_(k,N) = {n∈\N | n tem k dígitos "não-crescentes", n<=N}
  Exercício 1: calcule
       D_(1,0),    D_(1,1),    D_(1,2),    D_(1,3),    D_(1,4),
      D_(2,00),   D_(2,11),   D_(2,22),   D_(2,33),   D_(2,44),
     D_(3,000),  D_(3,111),  D_(3,222),  D_(3,333),  D_(3,444),
    D_(4,0000), D_(4,1111), D_(4,2222), D_(4,3333), D_(4,4444),
  Consideramos o grafo direcionado G = {V,R},
  onde V={400,300,200,100,000,40,30,20,10,00,4,3,2,1,0}
  e R={(400,40), (400,30), (400,20), (400,10), (400,00),
                 (300,30), (300,20), (300,10), (300,00),
                           (200,20), (200,10), (200,00), ...,
       (20, 2), (20, 1), (20, 0), (10, 1), (10, 0), (00, 0)}
  e vimos que os elementos de D_(3,444) correspondem a caminhos neste
  grafo passando por 3 vértices - p.ex., 422 corresponde a (400, 20,
  2); uma notação melhor para isto é 400->20->2.
  Exercícios, pra todo mundo tentar fazer em grupo nos próximos dias -
  é difícil mas é uma super boa preparação pra prova:
    2) Descubra como definir D_(5,888) a partir de conjuntos menores,
    3) Descubra como calcular |D_(5,888)|.

         (06/dez): vou estar no PURO de tarde. Me procurem para dúvidas
                   e vista de prova!
35ª aula (07/dez): P2. Scan das questões e do gabarito:
  http://angg.twu.net/MD/MD_P2_2011dez07.pdf
  http://angg.twu.net/MD/MD_P2_2011dez07.djvu
36ª aula (08/dez): Feriado

37ª aula (14/dez): VR
38ª aula (15/dez): VS
.                   P1    P2   VR   VS    NF
                   ---   ---  ---  ---   ---
Allan              3.1   2.3  2.6  1.0   2.9
Dângelo            1.1   0.5  0.0   -    0.8
Gustavo            2.1    -    -    -    1.1
Leandro            7.2   3.4   -   3.4   5.3/3.4   -> 4.0/6.0 (*)
Luis Felipe        9.0   5.0   -    -    7.0
Luis Fernando      2.6   0.7   -    -    1.7
Natan Henrique     4.8   3.7  1.0  5.0   4.3/5.0
Natan Tavares      3.4   0.0  0.0   -    1.7
Rodrigo            3.7    -    -    -    1.9
Thaynara           7.2   9.3   -    -    8.3
Thiago             9.2   7.2   -    -    8.2